DALL·E 2024-02-23 17.10.23 – A visual representation of professional burnout, featuring a metaphorical scene where a person stands on the edge of a cliff, looking out into a vast,
Imagem criada por inteligência artificial

Já falamos aqui em alguns posts sobre esgotamento e estresse, se você ainda não leu, depois corre lá também. Hoje eu quero explicar um pouco mais sobre como essas reações do estresse crônico podem se manifestar no ambiente de trabalho.

Você já vivenciou ou vivencia uma sensação intensa de cansaço e esgotamento com relação ao seu trabalho? De acordo com Associação Internacional de Estresse (ISMA), o Brasil ocupa hoje o segundo lugar com relação ao alto nível de estresse da população e em torno de 32% dos brasileiros enfrentam problemas de saúde mental associados ao Burnout.

Antes de falar um pouquinho mais sobre a Síndrome de Burnout, quero fazer um alerta bastante importante. O objetivo da construção de conteúdos acerca da Psicologia por aqui e em outros contextos é que você possa perceber  que muitas vezes você não precisa ficar vivendo em sofrimento e que para muitas dificuldades existe tratamento. Mas o objetivo aqui não é você se autodiagnosticar. Se você se identificar com algumas dessas questões, busque um profissional de saúde mental.

Burnout, na tradução mais livre, significa apagar, no sentido de esgotar. Em geral, as pessoas usam muito as imagens de fósforo queimando ou chamas acesas para representar o sofrimento das pessoas que vivenciam essa síndrome, mostrando que a pessoa chegou no seu limite, que não consegue mais cumprir algumas de suas funções básicas.

Essa síndrome é compreendida como uma reação ao estresse crônico relacionado ao trabalho, que envolve atitudes, comportamentos e emoções negativas do indivíduo frente ao seu trabalho e às pessoas que se relacionam a ele (Dalcin & Carlotto, 2018). Ocorre, então, quando o indivíduo chega ao seu limite por não estar conseguindo se adaptar a um trabalho, seja em função do ambiente, das relações com os colegas ou chefes, seja pelo próprio ritmo ou pela pressão por resultados.

Podemos aqui listar uma infinidade de fatores que podem levar uma pessoa a desenvolver burnout, alguns de ordem pessoal, como perfeccionismo ou auto criticismo elevado, outros de ordem externa, como a configuração das formas de trabalho, índices alto de desemprego, pressão por metas e resultados, horas de trabalho extensas, dentre outros.

Em geral, o corpo sente e nos mostra algumas alterações e alguns sinais desse esgotamento, tais como: dores de cabeça frequentes, dores musculares, cansaço excessivo, alterações no padrão de sono e/ou apetite. Além de dificuldade na memorização, concentração e produtividade como um todo.

Algumas estratégias, que incorporadas no seu dia a dia, podem te ajudar a prevenir e/ou auxiliar no início dos cuidados.

  • Antes de começar a trabalhar, identifique as tarefas mais importantes e estabeleça a meta do dia (que seja realista). Concentre sua energia nela.
  • Avalie e gerencie a sua carga de trabalho;
  • Utilize a técnica pomodoro: trabalhe por 25 ou 30 minutos com total concentração e descanse por 5 minutos (afasta-se do ambiente. Levante, tome uma água, vá ao banheiro, respire).
  • Cuide do seu espaço de trabalho, tente deixá-la mais funcional e agradável. 
  • Perceba sua rotina e suas relações profissionais, avaliando os possíveis fatores estressores;
  • Encerrado o expediente. Tente se desconectar ao máximo do trabalho e foque a sua atenção para outras atividades;
  • Avalie como está sua vida fora do ambiente de trabalho (rotina, sono, alimentação, atividade física, hobbies, momentos de lazer, relações pessoais, etc);
  • Não vá deitar mexendo no celular. Separe os últimos momentos do dia para ler, assistir uma série ou descansar a sua mente.

Lembrando sempre que essas dicas e orientações não substituem avaliação nem tratamento médico e/ou psicológico.