Assembleia: . Foto: Orlando Kissner/Alep

Volto aqui para falar de Burnout (tema do meu último post, confere lá!) porque, nesta segunda-feira (04 de março) a Assembleia Legislativa deu um importante passo na conscientização e no enfrentamento desta síndrome, que acomete cada vez mais trabalhadores no mundo todo. Os deputados estaduais aprovaram a criação da “Campanha Estadual Permanente de Combate, Conscientização e Prevenção à Síndrome de Esgotamento Profissional”.

E a campanha terá até uma data própria para ser lembrada anualmente: dia 15 de outubro. Essa iniciativa pioneira visa não apenas aumentar a conscientização sobre uma condição cada vez mais prevalente entre os profissionais, mas também promover estratégias eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.

Como já explicamos no post anterior, A Síndrome de Burnout é caracterizada por um distúrbio emocional que envolve exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultantes de condições de trabalho intensas e desgastantes. Agora, a legislação paranaense reconhece a gravidade dessa condição, que afeta significativamente a saúde mental e física dos trabalhadores, e responde com um conjunto de ações direcionadas à prevenção e ao cuidado integral da saúde do trabalhador.

Os principais objetivos da campanha incluem a realização de avaliações médicas e psicológicas periódicas, abordagens multidisciplinares no acompanhamento da saúde dos funcionários afetados, promoção de campanhas educativas, capacitação contínua dos profissionais da saúde e a articulação entre diversos setores para a elaboração de estudos e políticas eficazes. Adicionalmente, a lei enfatiza a importância de estimular a produção e a divulgação de dados sobre a ocorrência da Síndrome de Burnout e sobre as medidas de prevenção e tratamento adotadas no estado.

Sabemos que a simples aprovação de uma lei não garante, na prática, que medidas sejam efetivamente tomadas para prevenir, identificar e tratar problemas de saúde mental relacionados ao trabalho. Mas há de se reconhecer que o projeto (que agora segue para sanção do governador) é um passo significativo em direção à promoção de um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável, reconhecendo a saúde e o trabalho não apenas como direitos sociais, mas como fundamentais para o bem-estar geral da população.