Na vida adulta temos inúmeros papéis e somos cobrados para desempenhá-los de forma cada vez melhor, com muita exigência interna e externa. Com a rotina diária acabamos não percebendo o quanto esse excesso de tarefas acaba nos ocupando, nos sobrecarregando, e quanto acabamos nos sentindo mal, muitas vezes, por não estar produzindo o que deveríamos (ou acreditamos que deveríamos produzir).
Nas redes sociais, encontramos centenas de informações sobre como ter uma semana extremamente produtiva. Dicas, livros, palestras e blogs transmitem esse tipo de informação incessantemente, encorajando as pessoas a colocarem a mão na massa e a serem ativos o tempo todo!
Além disso, a tecnologia nos permite ser produtivos o tempo todo, trabalhar e estudar em qualquer lugar e horário. Temos muitos aplicativos e acesso a todo tipo de informação, em qualquer lugar, a qualquer hora.
E não há nada de errado em querer se superar profissionalmente e entregar um trabalho cada vez melhor, dedicando-se a melhorar constantemente. Está tudo bem mesmo!
Entretanto, o que eu quero te levar a refletir nesse momento é:
O mundo está exigindo produtividade, mas como isso impacta em você? O que você realmente quer para você? Qual o ritmo de vida que você deseja? O que você deseja alcançar?
E mais, será que ser produtivo é sempre bom? Quanto maior a produtividade melhor?
As longas jornadas de trabalho, as listas de tarefas intermináveis, as noites mal dormidas, a fadiga intensa, dentro outros, podem impactar diretamente na saúde mental dos profissionais que começam a ultrapassar seus próprios limites, muitas vezes sem nem se perceber agindo dessa forma, tamanha a naturalidade e a valorização desses “super” profissionais.
Mas ao contrário do que imaginamos, trabalhar excessivamente acaba provocando o efeito contrário ao desejado! O excesso de produtividade pode elevar os níveis de estresse, bem como facilitar o desenvolvimento de ansiedade, depressão e síndrome de burnout.
Não somos feitos para produzir o tempo inteiro, sem descanso. Os períodos como as férias e os finais de semana, são essenciais para promover o funcionamento regular do cérebro. Mas além disso, é essencial fazer pequenas pausas intencionais durante o dia de trabalho, ter momentos de lazer e relaxamento durante o dia e se desligar das obrigações, para não acabar o dia, ou a semana, exausto!
