
Esse ano de 2020 não está facil em todos os sentidos. Se nós, seres humanos, vivemos a pandemia do novo coronavírus, a criação nacional perdeu dois dos maiores velocistas e reprodutores.
No início de março perdemos Mensageiro Alado, que já estava próximo de completar 30 anos. Ontem, foi a vez de nos despedirmos de um craque dentro e fora das pistas. Estamos falando de Desejado Thunder, um dos grandes expoentes de velocidade da criação nacional.
O acidente aconteceu no haras em que estava alojado, no interior do Rio Grande do Sul. Ele estava solto no piquete e, de repente, apareceu mancando com uma fratura.
Foi levado imediatamente para uma clínica em Santa Maria e, depois de várias tentativas de recuperá-lo, a unica alternativa foi o sacrifício. Desejado Thunder estava com treze anos e prometia ainda dar diversos craques à criação nacional.
Filho de Durban Thunder e Glorious Magee (Spend A Buck), ele foi criado pelo Stud Alvarenga, farda que defendeu durante a campanha. Sempre treinado por Julio Cesar Sampaio, o castanho venceu sete das primeiras oito carreiras, dentre elas dois Listed, duas Provas Especiais e os Grandes Prêmios Cordeiro da Graça (G2), Adhemar e Roberto de Faria (G3) e Major Sukow (G1).
Depois de um placê no Grande Prêmio Cordeiro da Graça (G2), enfileirou mais quatro seguidas, sendo dois Listeds, um Grupo 3 e o Grande Prêmio ABCPCC (G1). Ainda venceu mais quatro em oito atuações (dois Listeds e dois Grupos 3). Encerrou a campanha com 15 vitórias e seis colocações, sem nunca sair da quadrifeta.
Na reprodução era um dos grandes destaques de velocidade, tendo filhos correndo nas principais canchas retas do país. No curto espaço de cinco gerações, de 81 animais corridos 52 venceram.
Os principais destaques foram Amuletto, vencedor – assim como o pai – do Grande Prêmio ABCPCC (G1) e Thuder Cat, que surgiu como um fenômeno de velocidade no Hipódromo da Gávea.