
O ídolo Alex, hoje com 41 anos de idade, ganhou destaque em excelente reportagem do site Marca, da Espanha. “El hijo pródigo vuelve para triunfar”. Esse é o título do texto que mostra a história de quatro jogadores que conquistaram títulos no retorno aos clubes do início da carreira.
O espanhol Reyes, do Sevilla, o argentino Carlos Tevez, do Boca Juniors, o uruguaio Cristian ‘Cebolla’ Rodríguez, do Peñarol, o sueco Henrik Larsson, do Helsingborg, e o paranaense Alex, do Coritiba, estão no texto assinado por Rafael Serra e Rodrigo Zelmanowicz – clique aqui para ler na íntegra, no site do Marca.
A reportagem do site espanhol faz um interessante resumo da carreira da Alex, destacando sua origem no Coritiba e seu retorno para conquistar o título do Campeonato Paranaense de 2013.
IDOLATRIA
Como repórter do Bem Paraná desde 1996, tive o privilégio de acompanhar de perto os primeiros passos de Alex no futebol profissional. A qualidade técnica e a dedicação ao futebol estavam escancaradas em todas as atitudes dele, desde os primeiros dias e em todos os espaços — treinos, entrevistas, jogos…
E, desde o primeiro contato, fiquei impressionado com a humildade de Alex para atender toda e qualquer pessoa que o procurava.
Ironicamente, sua qualidade técnica não era unanimidade dentro do Coritiba. Um repórter de rádio chegou a contestar publicamente as habilidades do jogador – aliás, uma “treta” que vinha desde as categorias de base. Também ouvi um dirigente do clube, naquela época, disposto a emprestar Alex por uma miséria para um clube japonês. “Ele não é tudo isso aí que vocês da imprensa andam dizendo”, afirmou. Por sorte, os principais mandatários do clube esperaram a proposta do Palmeiras, para então vendê-lo por US$ 2,5 milhões.
AGRADECIMENTOS
Tenho dois agradecimentos a fazer para Alex. Primeiro por ter me recebido na residência da sua família, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, em 1998, quando já defendia o Palmeiras. Pude conversar com ele, seus pais e seus irmãos. Foi uma entrevista marcante e que ajudou muito no início da minha carreira.
Em 1999, Alex me salvou de novo. Na Copa América de 1999, no Paraguai, eu precisava com urgência de uma entrevista exclusiva com um jogador da seleção brasileira. Meu chefe naquela época estava “fungando no meu cangote”. E novamente Alex me atendeu, nos corredores do hotel onde a seleção estava concentrada, em Foz do Iguaçu. A rápida entrevista salvou minha pele. O ídolo quebrou o protocolo de imprensa estabelecido pela CBF apenas para ajudar um repórter novato e quase anônimo. Algo raro no futebol de hoje e de sempre.