Divulgação – Alunos da Little Maker aprendendo por meio da Aprendizagem Criativa

“A criatividade é um tipo de processo de aprendizagem em que o professor e o aluno se encontram no mesmo indivíduo”. A afirmação é do escritor  húngaro, Arthur Koestler, que, entre outros objetos de estudo, dedicou-se a entender a criatividade humana. O pensamento do teórico vai ao encontro de um movimento para a educação básica que tem ganhado cada vez mais adeptos no mundo, a Aprendizagem Criativa.

Trata-se de uma abordagem educacional mão na massa, que estimula o aprendiz a aproveitar materiais artesanais ou tecnológicos para dar forma e sentido prático ao ato de aprender. Uma maneira lúdica, criativa e eficiente de ensinar bem como adquirir aprendizado, em que o aluno também pode ensinar.

O termo Aprendizagem Criativa foi inspirado nas ideias do educador Seymour Papert, mas endossado por Mitchel Resnick, professor de Pesquisas Educacionais do Laboratório de inovação do Massachusetts Institute of Technology (MIT), ligado à Fundação LEGO. Resnick trabalha com o desenvolvimento  de novas tecnologias e atividades para envolver principalmente crianças em suas experiências criativas. O laboratório ainda conta com o Learning Creative Learning (LCL), comunidade que conecta pessoas de todo o mundo em torno da Aprendizagem Criativa, reunindo mais de  5.000 participantes espalhados pelos quatro cantos do mundo.

A Aprendizagem Criativa no Brasil

No Brasil, o movimento tem ganhado cada vez mais adeptos, tanto que, em 2015, por meio de parceria entre o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Fundação Lemann, foi fundada a Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa. A iniciativa tem como objetivo identificar os projetos alinhados com a Aprendizagem Criativa, conectá-los entre si e, a partir das experiências combinadas com o MIT, disseminar boas práticas e buscar soluções para os problemas comuns. A rede, que conta com 16 núcleos regionais no Brasil, reúne mais de 2.000 educadores, empreendedores, artistas e demais pessoas que se interessam pela causa.

Como integrar a Aprendizagem Criativa às escolas?

Algumas instituições estão adiantadas no processo de Aprendizagem Criativa aplicado às escolas, como a Little Maker, de Americana (SP): Trata-se de uma metodologia inspirada nas práticas do LCL, que oferece um programa maker para escolas, através da aprendizagem criativa. Dessa forma,  os alunos conseguem materializar suas ideias usando arte, robótica e materiais artesanais. Essa maneira hands on, lúdica e altamente criativa de aprendizado acaba gerando mais significado e sentido para as matérias obrigatórias da grade curricular dos colégios.

“A Aprendizagem Criativa visa uma educação mais mão na massa, colaborativa e criativa, características que toda escola pode explorar, sem, necessariamente, mudar seu modelo de ensino. Por meio de atividades aplicadas em conjunto com a grade curricular até oficinas criativas desenvolvidas para o contraturno, há inúmeras maneiras de valer-se da Aprendizagem Criativa nos colégios. Essa associação da AC com o currículo ajuda os alunos a assimilar o conteúdo escolar de uma maneira mais rica e significativa”, diz Diego Thuler, fundador da Little Maker.

Primeira Conferência de Aprendizagem Criativa no Brasil

Para quem se interessou no assunto, entre os dias 26 e 28 de setembro, em Curitiba (PR), acontece a 1ª Conferência Brasileira de Aprendizagem Criativa, evento que tem como objetivo ser um ponto de encontro de gestores, educadores, empreendedores e pesquisadores interessados nas práticas da aprendizagem criativa em escolas e espaços de educação de todo Brasil. O evento tem entrada livre e reunirá keynotes que são referência internacional em Aprendizagem Criativa – saiba mais no link: http://www.conferencia.aprendizagemcriativa.org/