Rodrigo Félix/AEN
O Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, publicou nota nas redes sociais na tarde deste domingo (22) que não tem mais vagas para internação, seja  em quartos e e enfermarias ou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por isso não está mais recebendo pacientes graves.  No fim da noite deste domingo, o Hospital Sugisawa também publicou nota informando que não vai mais receber pacientes graves e pediu que a população reforce as medidas de prevenção.
“Assim como outros hospitais de Curitiba, estamos com capacidade máxima de ocupação em nossas UTIs e unidades de internação. Da mesma forma, devido ao aumento expressivo do número de casos de Covid-19 na cidade de Curitiba, o Pronto Atendimento está no limite de sua capacidade. Por isso, infelizmente estamos impossibilitados de receber pacientes graves no momento. Voltaremos a informar quando houver mudança na ocupação. Reforçamos a toda a população a importância de seguir as medidas de prevenção à pandemia. Se sentir qualquer sintoma, fique em isolamento total”, afirma em nota postada nas redes sociais.
O Hospital Nossa  Senhora das Graças também comunicou que está ‘fechado’ para casos graves nas redes sociais.”Informamos que estamos com nossa capacidade máxima de lotação em nossas unidades de internação e de terapia intensiva, em especial as unidades específicas para pacientes com Covid-19. Por esse motivo, lamentavelmente não estamos recebendo pacientes graves no momento. A maternidade e UTI neonatal continuam com atendimento normal. Assim que mudar o status de ocupação voltaremos a informar”, diz a nota. Na semana passada, o Hospital Marcelino Champagnat também avisou que priorizaria os atendimentos mais graves por estar trabalhando no limite da capacidade devido ao aumento dos casos de covid-19 na cidade.
Na sexta (20) a própria secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, admitiu o colapso na rede particular de hospitais da capital e disse que os pacientes estavam sendo transferidos para a rede pública.  A secretária destacou que a estrutura para tratamento dos pacientes com coronavírus já está disponível na cidade, que não está faltando nada nas UPAs e hospitais, mas alertou que há limites. “Curitiba tem uma rede hospitalar robusta, mas, se a sociedade não fizer sua parte com os protocolos de segurança, não haverá leito que resolva”, alertou Márcia.Segundo boletim da Prefeitura de Curitiba deste domingo,  taxa de ocupação dos 324 leitos SUS exclusivos para covid-19  em Curitiba está em 88%. Todos os pacientes que são internados com quadro de síndrome respiratória aguda grave vão para os leitos exclusivos covid-19 e não apenas os casos confirmados da doença. No momento restam 38 leitos livres.
UTIs e enfermarias também estão lotadas
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), atualizados no sábado (21), UTIs de dois hospitais de Curitiba com leitos exclusivos do SUS para Covid-190 estavam lotados. São eles: Hospital Evangélico e Hospital do Trabalhador. O Hospital de Clínicas estava com 97% da ocupação, com 59 das 61 vagas ocupadas.
O levantamento também mostra que três das 9 enfermarias exclusivas para Covid-19 estavam lotadas: Hospital Erasto, Hospital do Trabalhador e Hospital de Reabilitação.