SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quando a família descobriu que Finn estava com câncer, em maio, decidiu que ele iria aproveitar o resto da vida com muita diversão e comidinhas gostosas. A lista de desejos, com 50 itens, incluía andar em balão, jantar bife, acampar, caminhar ao nascer e pôr do sol, tomar sorvete e fazer doação a uma ONG. A saúde se agravou na última semana, e os pais humanos resolveram antecipar a partida do cachorro.

Finn morreu em casa, em um lugar aconchegante, rodeado de amor e assistido pelo veterinário. Antes, ele brincou, visitou seus humanos preferidos e até ganhou um cheeseburger de um amigo.

Em rede social, a família diz que optou pela morte agora para preservar sua dignidade. O progresso da doença causava dificuldade respiratória, e o crescimento dos gânglios linfáticos bloqueariam totalmente as vias respiratórias. “Não queremos esperar que isso aconteça”, dizia a publicação um dia antes de Finn virar estrelinha.

Em outubro, em conversa com a reportagem, a tutora disse que Finn, então com seis anos e meio, ainda era ativo, adorava brincar e comia bem. “Sabemos que o câncer vai assumir o controle. Estamos aproveitando todos os dias ao máximo agora”, afirmo à época Cynthia Peterson, que mora em Vermont (EUA).

Ela e o marido perceberam que algo não ia bem com o pet quando notaram o aumento dos gânglios linfáticos, abaixo da mandíbula. Há cerca de três meses, eles criaram a lista, como uma maneira divertida de guardar recordações de todos juntos.

Algumas sugestões foram dadas pelo Live Like Roo, grupo que auxilia famílias de pets com câncer. Mas outros tópicos foram incluídos, alguns bem ambiciosos, afirma Cynthia. “Não tinha certeza se conseguiríamos completar a lista.”

Além da companhia dos humanos nessa aventura, Finn contou com Yogi, seu irmãozinho de quarto patas adotado em dezembro de 2017.

A tutora diz que a história de Finn inspirou amigos e parentes a celebrarem a vida com mais frequência.

O cachorro cumpriu quase toda a lista de desejos. Mesmo sem ele, o último item continua nos planos da família: escrever um livro infantil, para que a história de Finn inspire as crianças.