SAO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – De acordo com a Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, a rede de educação infantil na cidade, que conta com cerca de 1.600 unidades parceiras, está em fase final de implantação de um novo currículo, que vai levar em consideração as recomendações de modernização da base nacional curricular, documento que determina o que deve ser ensinado na educação básica.


Segundo a pasta, o preceito do “brincar” como linha condutora das atividades oferecidas às crianças já está incorporado como regra em toda a rede “por entender que é uma linguagem por excelência” e por ser “a primeira forma de expressão” dos alunos.


“Essa postura [de brincar] também está presente nos anos iniciais do ensino fundamental, em especial no ciclo de alfabetização [1º ao 3º ano], quando a brincadeira, o jogo, as cantigas de roda, parlendas e demais textos de tradição oral são indicados para o ensino da língua e dos demais conteúdos escolares”, informou a pasta, em nota.


Apenas na faixa de 0 a 3 anos, a rede municipal conta com cerca de 323 mil alunos, e uma demanda reprimida de 85 mil vagas. Nessa idade, segundo especialistas, os pequenos têm a maior chance da vida em captar informações se houver estímulos para isso.


A secretaria não disse qual a situação atual do mobiliário nas unidades que atendem crianças de 0 a 6 anos, mas informou que, desde 2008, vem divulgando materiais pedagógicos que orientam os professores sobre a maneira de exploração dos espaços nas escolas, reduzindo o uso das tradicionais mesas e cadeiras.


As unidades conveniadas, segundo a pasta, são monitoradas em relação à aplicação das novas premissas. “Relatórios semestrais, feitos pelas equipes gestoras, são divulgados às famílias. Eles se destinam a mostrar o aprendizado das crianças em sala e também individualmente”.