IDOSOS IDOSO
Cidade oferece serviços e cuidados para a população 60+ (Franklin de Freitas)

Curitiba é uma das cidades brasileiras mais bem preparadas para atender a crescente população idosa do Brasil. É o que revela o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) 2023, criado pelo Instituto de Longevidade e que mede o grau de preparação dos 5.570 municípios brasileiros para ofertar qualidade de vida às pessoas com 60 anos ou mais de idade, classificando as cidades em três grupos diferentes: pequenas (até 34 mil habitantes), médias (até 100 mil habitantes) e grandes.

Com 1.773.718 habitantes, dos quais 321.677 possuem 60 anos ou mais — equivalente a 18,14% do total da população, segundo o Censo 2022 —, Curitiba aparece no levantamento como a quinta grande cidade mais bem preparada para a longevidade, saltando sete posições após a 12ª colocação em 2020.

O 5º lugar se deveu a bons resultados na saúde, como o 15º maior número de procedimentos hospitalares, 22º maior número de profissionais de saúde e 49º maior número de estabelecimentos de saúde. Na dimensão socioambiental, mostrou o 6º menor número de óbitos por causas não naturais, como acidentes, homicídios, suicídios e afogamentos. Além disso, as finanças municipais mostram sua higidez com a 46ª menor dívida consolidada líquida.

Sete paranaenses aparecem na lista das 100 mais bem colocadas no ranking

À frente de Curitiba estão os municípios de São Caetano do Sul (SP), Vitória (ES), Santos (SP) e Florianópolis (SC). Entre as 100 grandes cidades brasileiras mais bem colocadas no ranking, no entanto, aparecem ainda outras sete cidades paranaenses. São elas: Londrina (9º lugar), Maringá (21º), Umuarama (28º), Toledo (59º), Cascavel (69º), Araucária (73º) e Campo Largo (79º), sendo que as duas últimas cidades compõem a Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Entre as cidades médias, os principais destaques do Paraná são Cornélio Procópio (7º lugar no ranking nacional entre cidades do mesmo porte), Pato Branco (14º), Francisco Beltrão (29º), Campo Mourão (44º) e Dois Vizinhos (52º). Por fim, entre as cidades pequenas, destacam-se os municípios de Formosa do Oeste (27º), Turvo (32º), Santa Helena (41º), Pranchita (43º) e Esperança Nova (44º).

Criado pelo Instituto de Longevidade, o IDL 2023 avalia diversos dados públicos que impactam o bem-estar geral da população com 60 anos ou mais de idade e cria, a partir dessas informações, um escore para classificar as diferentes cidades. Fontes como IBGE, DataSUS e INSS são consultadas, numa avaliação que considera 23 indicadores diferentes, separados em três dimensões (saúde, socioambiental e economia) e de acordo com o tamanho dessas cidades.

No caso curitibano, o desempenho da cidade foi melhor na dimensão socioambiental (nota 70), que considera questões como mortalidade por causas não-naturais, carga tributária, engajamento cívico e relações afetivas da população idosa. Em Saúde, que considera o número de leitos hospitalares, profissionais de saúde e cobertura vacinal, entre outros, a nota da Capital foi de 67. Por fim, em economia, o pior desempenho da cidade, com nota média de 57 em questões como longevidade, produção de riqueza municipal, capacidade de consumo dos aposentados, segurança financeira e vulnerabilidade social dos idosos.

Paraná e Curitiba estão entre as localidades com mais idosos no país

A segunda apuração do Censo Demográfico 2022, divulgada no final de outubro pelo IBGE, trouxe os resultados do universo da população do Brasil desagregada por idade. E a contagem da população revela que o Paraná é um dos estados com maior proporção de idosos em sua população, bem como Curitiba aparece com destaque no levantamento entre as capitais brasileiras.

No ano passado, conforme o IBGE, o Paraná somava 11.444.380 de habitantes, dos quais 1.893.120 (ou 16,54% do total) tinham 60 anos ou mais de idade. A proporção é maior do que a média nacional, de 15,8% (no país, há 203.080.756 de habitantes, dos quais 32.113.490 têm 60 anos ou mais), sendo que apenas os estados do Rio Grande do Sul (20,15%), Rio de Janeiro (18,85%), Minas Gerais (17,82%) e São Paulo (17,23%) possuem uma proporção maior de idosos.

Entre as capitais brasileiras, Curitiba aparece em quinto lugar (18,14%), atrás apenas de Porto Alegre (21,93%), Rio de Janeiro (20,18%), Vitória (20,07%) e Belo Horizonte (19,96%).