Amor ao papel
Somos o país do amor ao papel.
Nada de amor ao futebol, amor à pátria, amor ao próximo, e muito menos amor à
agilidade. Quem afirma é a consultoria PricewaterhouseCoopers, que realizou um
estudo junto ao Banco Mundial que revelou que o Brasil é o campeão da burocracia
tributária entre 178 países.
Segundo o estudo uma empresa de médio porte com
60 funcionários precisa, em média, de 2,6 mil horas de trabalho e dois
funcionários para garantir o pagamento correto, sem nenhum jeitinho brasileiro,
dos tributos. Enquanto o país exige que as empresas gastem essa enorme
quantidade de horas ao ano para calcular tributos, os empresários chineses
gastam 872 horas, os russos 448 horas e os indianos 271. E entre os países
desenvolvidos, a média do número de horas gastas é ainda menor: nos Estados
Unidos, são necessárias 325 horas; na Alemanha, 196; e, na Inglaterra, 105.
E
na comparação com anos anteriores, será que nada melhorou? De acordo com os
organizadores da pesquisa, a resposta é negativa. Ao contrário do que ocorreu em
mais de 30 países nos últimos três anos, incluindo México e Colômbia por
exemplo, não houve alteração no sistema de tributos do Brasil. Em conseqüência
também não houve melhoria significativa no ranking.
É burocracia pra mais de
metro. O principal exemplo citado pela consultoria são os formulários e
certidões que o empresário brasileiro é obrigado a apresentar somente para
garantir o funcionamento de seu negócio. E como se não bastasse lidar com tanta
burocracia, a PricewaterhouseCoopers deixou bem claro que a complexidade do
sistema tributário brasileiro além de ser praticamente absurda ainda incita à
sonegação fiscal. 
“Tudo bem”, pensam os mais otimistas. Afinal, o presidente
Lula prometeu uma proposta de reforma tributária ainda para este ano. Porém,
para o sócio da Price, Carlos Iacia, não será a reforma tributária que fará o
Brasil melhorar no ranking. Até porque a proposta da reforma deve levar um bom
tempo para sair do papel, já que depende de acordos. Mas e agora? Existe
solução?
De acordo com a consultoria, existe sim, e só depende do desapego de
cada um. O que o Brasil precisa mesmo, é perder o amor. Mas não perder o amor
pela honestidade, por exemplo. Até porque ele já foi perdido há muito tempo pela
maioria das pessoas. É perder o amor ao papel.

* * * * * * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
AQUI

Encontro
O PDT paranaense realiza no próximo sábado, dia 1º de dezembro,
encontro estadual para discutir as eleições do ano que vem. O evento será no
Círculo Militar e terá o comando do senador Osmar
Dias
.

Segunda
chance

Hoje acontece mais um debate entre os pré-candidatos do PMDB
à Prefeitura de Curitiba. Pela segunda vez ficam frente a frente o reitor da
UFPR, Carlos Augusto Moreira; o presidente da Cohapar, Rafael Greca; os
deputados federais Marcelo Almeida e Rodrigo Rocha Loures; e o deputado estadual
Reinhold Stephanes Junior. O primeiro debate aconteceu na última segunda-feira.

Os grandes do
mercado jurídico

A publicação “Análise Advocacia 2007”, que lista os
maiores escritórios de advocacia do Brasil, revela o surgimento de novas
sociedades entre as grandes do setor no Paraná. Um dos destaques é o Küster
Machado Advogados Associados, de Curitiba, que pela primeira vez foi incluído
entre os três maiores do Estado. Impulsionada pelo crescimento expressivo do
mercado de seguros a firma vem expandindo equipe e estrutura. Acaba de inaugurar
em Maringá sua quarta filial, que vem se somar às de Londrina, Florianópolis e
Blumenau.

* * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

ACOLÁ

Premiação
Hoje
acontece em Brasília a cerimônia de entrega do Prêmio Congresso em Foco 2007, na
qual serão premiados os 16 senadores e os 25 deputados apontados por 188
jornalistas que cobrem o congresso como os que melhor exerceram o mandato este
ano. Pelo segundo ano, o deputado federal do Paraná Gustavo
Fruet
, foi um dos cinco mais votados.

O poder que
seduz

A jornalista Mônica Veloso lança nessa quarta-feira em São
Paulo o livro “O poder que seduz”, em que relata bastidores da política em
Brasília. Em 192 páginas, a jornalista, pivô do escândalo que deu origem ao
primeiro pedido de cassação do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros,
relata sua proximidade com o poder. A publicação foi produzida pela Editora Novo
Conceito e custará R$ 34,90.

* * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Fatos da
semana:

* Assembléia Legislativa realiza
amanhã, a partir das 10 horas, audiência pública sobre a alteração das alíquotas
do Imposto Sobre a Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Quaisquer Bens ou
Direitos (ITCMD). Entre os convidados; a Secretaria da Fazenda, a Ordem dos
Advogados do Brasil e o Sindicato dos Corretores de Imóvei

* O empresário Jonel Chede será
homenageado na Assembléia Legislativa hoje com o título de Cidadão Benemérito do
Paraná. Dentre os projetos desenvolvidos por Chede está o Centro Vivo,
instrumento de revitalização e resgate histórico da região central de
Curitiba.

* No próximo domingo, dia 2, acontece a
eleição para a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores. Sete
candidatos disputam: Valter Pomar, José Eduardo Cardoso, Gilney Vianna, Markus
Sokol, Jilmar Tatto, José Carlos Miranda e Ricardo Berzoini.

* * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

VALE A PENA SABER

O economista Daniel Kaufman,
diretor dos programas de governança do Banco Mundial, afirmou que uma melhora
substantiva no controle da corrupção pode levar um país a triplicar a renda
média da população. O combate à corrupção, segundo ele, é fundamental para que
os chamados BRICs (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) entrem no
clube dos países mais ricos. Um estudo do Banco Mundial com 209 países coloca o
Brasil em 95º numa escala em que o primeiro é o menos corrupto. Kaufman ainda
calcula em US$ 1 trilhão o montante pago em corrupção anualmente em todo o
mundo, o equivalente a 3% do PIB mundial.

* * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

OPINIÃO

“A saída do
Walfrido é uma perda para o governo, porque ele tem um papel de articulação
política fundamental, que ele faz muito bem. É um companheiro solidário, mas nós
continuaremos fazendo as negociações mesmo sem ele. Não acredito que vá haver
prejuízo, porque acredito que vamos aprovar a prorrogação da CPMF.”

do Ministro
da Fazenda, Guido Mantega, sobre a saída do ministro de Relações Institucionais,
Walfrido dos Mares Guia.

* * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

A
pergunta que não quer calar

O time dos desafetos está
aumentando?

* * * * * * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

AMANDA
KASECKER
[email protected]