Os movimentos de abrir e fechar a boca são praticados, inevitavelmente, o dia todo. Eles podem acontecer durante a fala, mastigação ou um simples bocejar. Em qualquer uma dessas atividades a articulação da mandíbula no osso atemporal, mais conhecida como ATM, usa os músculos, tendões, ligamentos e cartilagens da região para funcionar corretamente. Quando isso não acontece é preciso ficar atento e saber o momento certo de procurar um especialista.

Alfredo Lara, otorrinolaringologista do Hospital CEMA, explica que apesar de ser um distúrbio comum, pode desencadear dores crônicas na face e na cabeça. “De 5% a 10% dos que apresentam os sintomas precisam de tratamento específico, nos demais casos a regressão é espontânea”, destaca o especialista.
Geralmente, os distúrbios acometem adultos de 20 a 50 anos, principalmente mulheres. As causas são variadas, mas podem estar diretamente relacionadas com estresse, pancadas, mordida errada, bruxismo (hábito noturno de ranger os dentes), próteses mal ajustadas e até mesmo espasmos dos músculos da mandíbula.

Os sintomas vão desde dor de cabeça até a perda auditiva por tempo determinado. Os ruídos e estalos também são muito comuns nesses casos e uma distensão no local pode provocar a ruptura dos ligamentos e, dessa forma, exige maior cuidado e atenção.

Segundo Lara, o tratamento depende do grau da lesão na região da mandíbula. “Cerca de 98% dos casos são tratados clinicamente. Às vezes, o repouso com compressa de água quente é o suficiente para resolver um distúrbio leve. Porém, os 2% restantes são situações mais complicadas em que indicamos a cirurgia”, ressalta o especialista.
Seja qual for o diagnóstico, o resultado depende da eficácia do tratamento e a indicação para cada paciente é única. Por isso, é importante procurar um profissional especializado para a melhor avaliação do problema.