O meia Kevin De Bruyne, do Manchester City, anunciou o adiamento da sua aposentadoria em virtude do novo coronavírus. O isolamento social adotado no mundo todo em meio à pandemia da doença fez o belga retardar o seu adeus aos gramados “por mais dois anos” após se dar conta de como sentiria falta do futebol após pendurar as chuteiras.

O Campeonato Inglês e a Liga dos Campeões da Europa estão suspensas por conta da covid-19 e esta pausa forçada fez o jogador de 28 anos ver o esforço que os atletas têm feito para se manter em alto nível mesmo treinado em suas casas. Assim, De Bruyne chegou à conclusão de que quer levar a sua carreira tão longe quanto é possível.

“Eu disse à minha esposa que vou jogar um pouco mais depois da quarentena. Eu não posso ficar em casa”, explicou o jogador em uma transmissão ao vivo que fez em seu Instagram. “Eu vou jogar por mais dois anos. É duro”, completou o meia após repensar a sua decisão.

De Bruyne e o resto do elenco do Manchester City têm mantido contato via aplicativos de mensagens e videoconferências durante o isolamento social, enquanto que o técnico espanhol Pep Guardiola e sua equipe técnica seguem monitorando os seus programas de treinamento individual.

O belga recebeu em sua casa uma esteira para garantir a boa forma enquanto as atividades do futebol não voltam. “Eu não quero uma bicicleta”, acrescentou. “Eu estou nadando todos os dias e fazendo corridas quase diariamente”.

Após uma temporada comprometido por lesões, De Bruyne voltou à sua melhor forma, liderando o Campeonato Inglês com 16 assistências e a caminho de quebrar o recorde da competição de 20 passes para gols em uma única edição antes da liga ser suspensa no mês passado.

“É hora de jogar futebol de novo. Eu sinto falta disso e é muito difícil. Mas nós não somos importantes, futebol não é importante. Pessoas amam futebol, mas você precisar ficar a salvo”, disse De Bruyne, exaltando a importância da quarentena neste momento delicado.