Daniel Castellano/SMCS

Com a abertura da exposição Tomie Ohtake em Curitiba – Vultos, fissuras e clareiras, na noite desta quarta-feira (19/7), o Memorial de Curitiba volta ao circuito nacional de artes, ao receber obras da artista que é considerada a “grande dama das artes plásticas brasileira”.

A exposição também comemora os 110 anos da imigração japonesa no Brasil.

“A Tomie Ohtake é maior expressão da arte japonesa no Brasil e a mais brasileira de todos os japoneses. As formas de suas criações são um desafio à criatividade humana”, destacou o prefeito Rafael Greca. “Esta exposição eleva o nome da cidade e coloca de novo o nome do Memorial no circuito das grandes exposições nacionais”, acrescentou. 

A exposição, que está no Salão Paranaguá do Memorial, aborda as três principais frentes de trabalho da artista: pinturas; gravuras –em serigrafia, litografia e metal – e esculturas tubulares de curvas reversas (finas partes de metal, que parecem pairar sobre o ambiente). A visitação do público é gratuita e segue até 30 de setembro. 

As obras foram produzidas entre 1970 a 2014 e exposição atravessa décadas de produção de uma das mais longevas e complexas artistas abstratas brasileiras. Tomie foi uma criadora que perseguiu o ofício artístico como um campo de descobertas sucessivas.
O presidente do Instituto Tomie Ohtake e filho da artista, Ricardo Ohtake, afirmou que apresentar obras de Tomie mais uma vez para o público curitibano era uma rota natural: “Curitiba é um lugar que a cultura está muito presente. Tem uma quantidade e qualidade de equipamentos culturais que me deixa surpreso. Era fundamental trazer essa exposição para cá”, afirmou. 

O prefeito lembrou que a exposição marca ainda o intercambio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) com o Instituto Tomie Ohtake e com o Museu de Arte de São Paulo (Masp) para o compartilhamento de exposições entre as duas cidades. 

Ligação
A presença de Tomie Ohtake na capital ocorre há bastante tempo.

Em 1999, Tomie Ohtake participou da mostra “Três Artistas Japoneses no Brasil”, no Museu Metropolitano de Arte (MuMA), ao lado dos também importantes Manabu Mabe e Wakabayashi. 

Em 1996, deixou sua marca definitiva em Curitiba, com uma escultura de 11 metros de altura, em concreto armado pintado, que foi inaugurada pelo prefeito Rafael Greca, na sua primeira gestão.

A obra, com formato de coração, emoldura o portal do MuMa. Instalada junto ao bosque, a peça revela um intenso diálogo entre a tradição e a contemporaneidade nipo-brasileiras. 
 

Nesta quinta-feira (19/7), Greca entrega a Curitiba uma segunda escultura da artista, uma estrutura de 7 metros em aço, na Praça do Japão, em celebração aos 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil. 

Presenças 
Também participaram da Abertura da Exposição Tomie Ohtake em Curitiba – Vultos, fissuras e clareiras a presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Ana Cristina de Castro; a curadoria da mostra, Carolina de Angelis e Vitória Arruda; o presidente da Câmara de Vereadores, Serginho do Posto; a vereadora Julieta Reis; a procuradora geral do município, Vanessa Volpi; a secretária de Educação, Maria Sílvia Bacila; o secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Emilio Trautwein; o secretário de Urbanismo, Julio Mazza; a secretária de Meio Ambiente, Marilza Dias; o secretário de comunicação, Israel Reinstein, a presidente do Instituto de Turismo, Tatiana Turra; o presidente do IMAP; Alexandre Jarschel; o superintendente da Secretaria de Informação e Tecnologia, Leandro Vergara Raimundi; a diretora da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes), Adriana Moreira Kraft, a diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, llana Lerner.

Serviço
Exposição Tomie Ohtake em Curitiba – Vultos, fissuras e clareiras
Local: Memorial de Curitiba – Salão Paranaguá (1º andar) – Rua Claudino dos Santos, 79
Visitação: 9h às 12h e 13h às 18h (3ª a 6ª feira) e 9h às 15h (sábado, domingo e feriados)
Até 30 de setembro
Entrada Franca