O ano novo começou e o planejamento para quem deseja aproveitar as próximas férias para fazer um intercâmbio deve começar desde já. Em tempo de “bolso apertado”, para manter os planos de passar uma temporada no exterior é preciso, não apenas economizar, mas também ficar atento as formas de contratação dos serviços da viagem. Tipo de curso, duração, acomodação, custo de vida, passagem aérea são, entre outros fatores, os que mais impactam no preço no intercâmbio e devem ser planejados com antecedência.
Com mais de 15 anos de experiência no setor de estudos no exterior, Renata Bueno, gerente de produtos da Experimento Intercâmbio Cultural, empresa da educação do grupo CVC, enumera 8 dicas essenciais para quem quer deseja colocar em prática o sonho de estudar fora.
Aqui vale economizar em tudo, menos na experiência da aprendizagem.


As dicas:

1 Defina os seus objetivos
Ao decidir pelo intercâmbio, a primeira pergunta que você deve se fazer é: quanto tempo eu tenho (ou posso) destinar para essa experiência? Já opções a partir de 2 semanas (o que, muitas vezes, equivale em termos de carga horária, a um semestre de curso de inglês no Brasil). Se a ideia é aproveitar o período de férias do trabalho, pense num tempo mínimo de 4 semanas. No entanto, se a ideia é ficar mais tempo, ai vai uma ótima notícia: quanto maior a duração do programa de intercâmbio, mais barato ficará o valor por semana.

2 Planeje sua viagem
O segredo do intercâmbio é o planejamento e, por isso, é importante pesquisar não apenas o curso, mas também as passagens aéreas com os melhores preços. Planejando a viagem com no mínimo 6 meses de antecedência é possível aproveitar as promoções das companhias aéreas e das escolas internacionais que, via de regra, aumentam os preços nos períodos de alta temporada, que vai de junho a agosto e dezembro a janeiro. Com a alta do dólar, otimizar a viagem ao exterior é um novo hábito entre os turistas, como forma de adaptar a viagem ao bolso, sem comprometer o orçamento

3 Escolha o destino
Na hora de escolher o destino, é preciso verificar a relação custo x benefício de cada cidade. Não adianta o curso caber no orçamento, se o estudante tiver de cruzar o mundo e pagar mais caro nas passagens aéreas. Às vezes escolher uma cidade menor, fora dos grandes centros já traz uma diferença enorme nos custos da viagem. Gastos com transporte, por exemplo, diminuem drasticamente quando se opta por uma cidade menor. De acordo com o ranking feito pela Experimento, em 2018, os destinos que tiveram a maior procura foram justamente aqueles que a moeda local não sofreu grande valorização, como é o caso de países como o Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e a Ilha de Malta.O interessado não pode ter medo de fazer adaptações. Se o dinheiro encurtou e não dá mais para pagar aquele curso de 6 meses na Inglaterra, por exemplo, uma opção é esolher 3 meses de curso intensivo na Irlanda,

4 Fique de olho nas acomodações
Para quem vai estudar no exterior, hospedar-se em casas de família é uma das opções mais econômicas e, de quebra, o estudante tem mais chances de treinar o idioma e interagir com a família que o acolhe. Via de regra, acomodar-se em casa de família custa 40% a menos do que em outro tipo de acomodação. Além disso, em casa de família o estudante ainda costuma ter duas refeições já incluídas ao programa. As residências estudantis também são uma ótima opção de hospedagem, ainda mais se o estudante optar por dividir o quarto com um colega de estudo, ao invés de ficar em quarto privativo. Além disso, em algumas acomodações, o estudante ainda pode preparar as refeições in house, economizando também na alimentação.

5 Estude e trabalhe
Se a ideia é fazer um curso de média ou longa duração, por exemplo, a dica é optar por localidades onde é possível aos brasileiros trabalharem legalmente, como a Irlanda, a Austrália e a Nova Zelândia. Essa possibilidade gera um conforto a mais ao estudante, já que conseguirá diluir os seus gastos trabalhando durante a viagem. Nesses países, conseguir um emprego fica por conta do estudante, por meio do seu currículo e habilidades, mas é possível conciliar o estudo com trabalho. Atualmente, não apenas os estudantes buscam essa alternativa de intercâmbio, como também jovens profissionais em busca de uma melhor qualificação profissional ou de um período sabático com novas experiências de vida em outro País.

6 Compre moedas aos poucos
Ficar sempre de olho no câmbio e adquirir um pouco de moeda sempre que a cotação diminuir vai ajudar a diluir na média do período a desvantagem das cotações mais altas. Essa dica exige do viajante uma atenção diária aos movimentos do dólar ou euro (ou qualquer outra moeda), entretanto, há inúmeros sites na internet que poderão lhe auxiliar nesta busca.

7 Garimpe as passagens Aéreas
É só o dólar subir que as companhias aéreas iniciam uma série de promoções para facilitar o planejamento do viajante. Por isso, a dica é ficar atento e pesquisar bastante antes de fechar os bilhetes aéreos. Vale pesquisar na internet, nos sites das companhias aéreas, em agências de viagem e até mesmo com a empresa de intercâmbio que se está fechando a viagem. Muita gente não sabe, mas quem está matriculado ou pensa em fazer um curso no exterior pode aproveitar algumas condições especiais na hora de comprar suas passagens internacionais. Várias companhias aéreas oferecem vantagens interessantes para pessoas de 12 a 34 anos que comprovem estar matriculadas em algum curso no exterior, incluindo tarifas com descontos, paradas gratuitas em destinos de conexão e flexibilidade na alteração de datas.

8 Viva a cidade como um morador local
Quanto mais tempo puder ficar em uum destino, mais barato ele se torna. Além do intercambista entender melhor o funcionamento da cidade, ainda poderá utilizar do transporte público – sempre indicado para ajudar a diminuir os custos com deslocamentos – aos invés do táxi ou outros aplicativos de transporte, como o Uber. Além disso, se a ideia é economizar, vale pesquisar restaurantes não-turísticos e passeios gratuitos para realizar durante o período no exterior.