Não se sabe ao certo quando começou a circular a expressão popular “bandido bom é bandido morto”. É certo, no entanto, que já tinha adeptos muito antes de surgiu algum Bolsonaro e seus “bolsominions”. Prova disso é o delegado Sivuca (vídeo acima), integrante da Scuderie Le Cocq (ou Esquadrão Le Cocq), que nos anos 1960 ficou famosa por assassinar diversos criminosos notáveis.
Anos depois, o delegado seria eleito deputado estadual pelo PSC com o bordão “bandido bom é bandido morto e enterrado em pé para não ocupar muito espaço”. E até hoje, ao que tudo indica, a maior parte dos brasileiros concorda com o delegado Sivuca e seus “seguidores”, como Jair Bolsonaro e outros tantos.
De acordo com levantamento feito pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 57% da população brasileira defende a afirmação “bandido bom é bandido morto”. Em municípios pequenos, com menos de 50 mil habitantes, o índice de concordância sobe para 62%.
Na comparçaão com os dados do ano passado, houve um aumento no número de pessoas que concordam com a frase. Em 2015, 50% dos brasileiros se dizia a favor da morte de criminosos.
Um dado curioso é que o índice aumenta significativamente entre as famílias de renda mensal superior a dez salários mínimos, com 72% de concordância.
Outros números que chamam a atenção, e soam um tanto contraditórios, é o fato de 52% dos entrevistados se dizerem satisfeitos com o trabalho de investigação da Polícia Civil e 50%, com a atuação ostensiva da Polícia Militar. Ao mesmo tempo, 63% aponta a falta de infraestrutura par aos policiais, além de 70% acreditar que os policiais cometem excessos de violência no exercício da função.
Como reflexo, ainda, temos que 53% dos brasileiros (índice que sobe para 60% entre os jovens de 16 a 24 anos) temem se tornar vítima e violência por pate da Polícia Civil e 59% (67% entre jovens de 16 a 24 anos) têm medo de ser agredidos por policiais militares.