TEATRO
APLAUSOS PARA MATEUS O teatro paranaense perdeu na
última quinta-feira, 29 de novembro, há exatamente uma semana, um dos seus mais
promissores atores – MATEUS ZUCCOLOTTO. Aos 27 anos, vitima de uma infecção
generalizada, decorrente de uma HEPATITE, Mateus não agüentou e deixou esse
palco terreno. Dono de uma alegria contagiante e de um talento único, esse
grande ator – no tamanho também – começou a sua carreira em São Paulo, mas foi
aqui em Curitiba que a consolidou. Formado pela UNICAMP, Mateus Zuccolotto
firmava-se com um dos principais nomes do atual panorama do Teatro do Paraná.
Seus mais recentes trabalhos em Curitiba como ator foram: O FANTASMA DA ÓPERA,
FRANKENSTEIN, PINÓQUIO, A DUPLA DINÃMICA, ORAÇÃO, COLONIA CECILIA, entre outros.
Ele estava participando como DIRETOR no XI FESTIVAL DO TEATRO LALA SCHNEIDER.
Hoje, por um acaso do destino, seu espetáculo A TEMPESTADE encerra sua temporada
às 21 horas… Coincidência ou não, o último texto de SHAKESPEARE antes de sua
morte. Pra quem quiser conhecer um pouco do GRANDE TALENTO de Mateus Zuccolotto,
TAMBÉM COMO DIRETOR, terá uma oportunidade única! Fica a saudade… Fica a dor
de morrer tão jovem e com tanta vida pela frente! Mas, com certeza, MATEUS
estará brilhando numa dimensão superior, onde um dia todos nós nos
encontraremos… APLAUSOS PARA UM ARTISTA!
* * * * * * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
*
O QUE É BOM, MERECE
SER VISTO NOVAMENTE Começou a semana do REPETECO no XI Festival de
Teatro Lala Schneider. Após o término da temporada de todas as peças que compõem
a mostra, cada uma delas faz mais uma apresentação para aqueles que não tiveram
oportunidade de ver na primeira temporada, ou para aqueles que gostaram e querem
rever algum dos espetáculos. Hoje às 21 horas, acontece a apresentação do
espetáculo “A TEMPESTADE’, texto de William Shakespeare e direção de Mateus
Zuccolotto (in memorian). A Tempestade é o texto de despedida do dramaturgo
inglês William Shakespeare que a teria escrito por volta de 1611. A peça conta a
trajetória de Próspero, Duque de Milão, um estudioso das ciências naturais. Para
dedicar-se exclusivamente aos seus estudos ele concede o ducado a seu irmão
Antônio que, tomado pelo gosto do poder, decidi banir Próspero e sua filha
Miranda colocando-os em um barco sozinhos em alto mar. Na sexta-feira é a vez de
O ASSASSINATO DA PEQUENA ALDEIA, fazer sua reapresentação. A peça é um drama
existencialista que fala sobre a essência do ser humano, ou seja a eterna luta
interna entre o bem e o mal que todos vivem. O espetáculo busca uma reflexão
sobre nossas opções entre o certo e o errado, o material e o espiritual e tantos
outros valores que dignificam o homem e nos fazem crescer e evoluir. Com texto e
direção de Adriana Sottomaior, inspirado no universo de Paulo Coelho, o
espetáculo faz sua última apresentação às 21 horas. No sábado, duas
apresentações às 18h30, JOÃO E MARIA e às 21h, CUPIDO ME DEIXA EM PAZ. JOÃO E
MARIA é uma releitura do texto Assim Que Se Passem Cinco anos de Federico Garcia
Lorca, uma verdadeira lenda do tempo. Um texto que fala sobre as incertezas do
homem, e como o tempo pode transformar os sentimentos que remetem ao abandono. O
que leva o ser humano a uma inércia tanto física quanto espiritual. Chegando às
margens do desespero e do equívoco em relação ao tempo. Em CUPIDO… ME DEIXA EM
PAZ! Vemos um congresso de Cupidos, durante o qual eles chegam à conclusão de
que a humanidade está perdendo o rumo nas questões amorosas e que as pessoas não
conseguem mais se entender. Baseados nisso decidem descer à terra e,
disfarçando-se de humanos, passam a interferir diretamente nas discussões e na
aproximação dos casais. Dia 09 (domingo) também dois espetáculos apresentam-se
no evento. Às 18h30 a peça MOSTRA A TUA QUE EU MOSTRO A MINHA, marca seu
encerramento no festival. A comédia é uma crítica em estilo teatro do absurdo
com direção de Wellington que retrata de maneira metafórica as misérias humanas
e a subserviência do homem perante os mitos antropofágicos que, assolam nossa
humanidade desde os tempos mais remotos até nossos dias, desafiando o pedantismo
de nossa contemporaneidade. Já às 21 horas, é a vez de CAIXÃO COM ALÇA DE
BRONZE. A peça dirigida por Mateus Zuccolotto (in memorian) é uma adaptação
livre da obra A Falecida, um dos maiores sucessos de Nelson Rodrigues, que conta
o drama de uma mulher pobre que sonha com um enterro de luxo. A semana começa
como mais teatro. Na segunda-feira, Às 21 horas, ocorre a reapresentação do
espetáculo PAIXÃO EM VERMELHO. A peça escrita e dirigida por Rogério Bozza,
trata de histórias de amor, lendas, crendices, conceitos e preconceitos ao redor
da cultura e tradições do povo cigano. Na terça, também às 21 horas, volta ao
palco a comédia “À ESPERA DE UM DEFUNTO” com texto e direção de Marcyo Luz,
inspirado no universo de Dias Gomes. Numa cidade esquecida pelo resto do mundo,
onde ninguém sequer morre, o prefeito se vê obrigado a dar uma “forcinha” para
que o seu novo cemitério seja inaugurado, arquitetando planos falidos, sempre
perseguido e desmascarado.
E na quarta-feira, às 21
horas, fechando o ciclo do REPETECO, volta à cena o espetáculo VOCÊ
FOI... estrear no evento. A peça escrita e dirigida por Rogério Bozza,
transita de maneira sensível pela obra de Clarisse Lispector. O espetáculo conta
a história de uma retirante nordestina, que chega ao Rio de Janeiro e busca sua
inserção na vida de uma forma geral. Sonsa, assexuada, curiosa está sempre na
tentativa de ter conhecimento e encontrar seu grande amor e sua felicidade.
Serviço Espetáculos de segunda a domingo em diversos
horários. Teatro Lala Schneider. Rua 13 de maio, 629. Ingressos – R$ 15,00
(inteira) e R$ 7,00 (meia). Informações: 3232-4499
* * * * * * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
*
A ALMA
IMORAL Curitiba recebe o espetáculo ‘A Alma Imoral’, montagem com
Clarice Niskier – vencedora do Prêmio Shell 2007 de melhor atriz. A peça, que
esteve na cidade no Festival de Teatro de Curitiba com excelente aceitação do
público, é uma adaptação para o teatro, feita pela própria atriz, do livro
homônimo do rabino Nilton Bonder, que aborda os conceitos de tradição e traição.
Essa é a terceira incursão bem-sucedida de Clarice Niskier na dramaturgia – são
seus também os textos de ‘Mulheres de 40’ e ‘Buda’, ambos dirigidos por Domingos
Oliveira. ‘A Alma Imoral’ fechou o ano de 2006 com três indicações ao novo
Prêmio Eletrobrás de Teatro (melhor atriz, melhor peça e melhor figurino). Em
2007, recebeu duas indicações ao Prêmio Shell (melhor atriz e melhor figurino),
tendo vencido na categoria de melhor atriz. Ela ainda foi contemplada pelo
Prêmio Caravana Funarte de Circulação Nacional de Teatro em
2007. Serviço Teatro da Caixa Rua Conselheiro
Laurindo, 280 – Centro Sextas e sábados às 21h e domingos às
19h. Ingressos a R$ 20,00 e R$ 10,00 (estudantes) Informações pelo fone
2118-5111
* * * * * * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
*
DANÇA
Don Quixote no
Guairão A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil sob a orientação do
lendário dançarino e coreógrafo do Bolshoi Vladimir Vasiliev apresenta neste
domingo (9), às 19 horas, e na segunda (10), às 21 horas, a suíte Don Quixote,
no Guairão. O espetáculo – que contará com a presença de 100 bailarinos em cena
– marca a formatura da primeira turma brasileira da famosa escola russa de
dança. Para o bailarino e coreógrafo que veio ao Brasil especialmente montar
essa coreografia, a encenação de Don Quixote é uma prova definitiva do
amadurecimento de uma companhia de dança clássica: “Uma companhia que possa
encenar Don Quixote pode executar quase qualquer balé”, afirma. Vladimir
Vasiliev, que também desenhou o cenário brasileiro, ensinou aos estudantes não
apenas os detalhes técnicos dessa ou aquela cena do balé como também deu a cada
um, papel de ator, explicando as personagens que deveriam representar ali. E é
por isto, que o coreógrafo escolheu Don Quixote como balé para a primeira turma
de formatura da Escola: “o balé terá muito lhes ensinar”, finaliza. Informações:
(41) 3304.7900 e 3304.7982
* * * * * * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
*
* * * * * * * * * * * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
João
Luiz Fiani –
joã[email protected]
|