
O Paraná Clube define nesta quinta-feira (26) o futuro do futebol no clube. Ao menos é nesta data que o Conselho Deliberativo do clube vai abrir os envelopes com as propostas de interessados em arrendar o departamento de futebol. A terceirização do departamento foi determinada pela Justiça do Trabalho, a partir de um pedido do próprio clube.
O clube não revelou quem seriam todos os interessados em arrendar o futebol. Em tese, qualquer um poderia concorrer, desde que apresentasse uma proposta. Os dois principais interessados seriam dois empresários do ramo do futebol: Sérgio Malucelli e Eduardo Uram.
Malucelli é o gestor do futebol do Londrina desde 2011, mas já manifestou interesse em deixar o clube do interior do Paraná. Isso ocorreria, no mais tardar, ao fim do Campeonato Paranaense de 2020. O empresário também foi gestor do Iraty entre 1997 e 2010. Ele já teve pelo menos uma reunião com o presidente do Paraná, Leonardo Oliveira, nas últimas semanas.
Uram, por sua vez, é dono da empresa Brazil Soccer e comanda o futebol do Tombense-MG, que está na Série C. O clube mineiro detém os direitos econômicos do lateral Guilherme Santos – que defendeu o Paraná em 2019 e foi repassado ao Botafogo – e recentemente trouxe dois outros jogadores que pertenciam ao clube da Vila Capanema: o goleiro Murillo e o volante Luiz Otávio. Além disso, o Tombense já assinou também com os atacantes Bruno Rodrigues (que jogou pelo Paraná neste ano e havia rescindido com o Athletico) e Kessley (revelado pelo Paraná e que emprestado ao Internacional).
É a partir da definição do novo dono do pedaço que o Paraná poderá planejar o ano de 2020. Até agora, o clube viu o técnico Matheus Costa sair sem fazer força para segurá-lo. Não contratou praticamente ninguém – o atacante Mosquito, do Corinthians, está virtualmente acertado, mas ainda não confirmado. E ainda vai ficar sem vários jogadores que pertenciam ao clube, como o zagueiro Rodolfo e o atacante Jenison – este, em vias de sair.