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Fotos: Franklin de Freitas

O Paraná não deve enviar comitiva da Igreja Católica para o funeral do Papa Francisco, no Vaticano, na Itália. A informação foi confirmada nesta terça (22) pela assessoria da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Regional Sul 2 pelo Arcebispo de Curitiba, Dom José Antonio Peruzzo. Em breve, a CNBB deve divulgar comunicado sobre o assunto.

Em entrevista à imprensa, Dom Peruzzo falou sobre o assunto. “Não é habitual mandar comitivas para funeral dos papas. Esse é um ano jubilar, muita gente vai para Roma e com o Conclave (escolha do novo papa), o movimento está muito grande em Roma. Não há hotéis e as casas religiosas estão lotadas também”, afirmou ele. Segundo Dom Peruzzo, o trabalho da igreja é participar daqui (do Paraná) com muita oração. “Também é com oração que vamos acompanhar o conclave”, afirmou.

Segundo informações obtidas pelo Bem Paraná, a ida de uma comitiva do Paraná foi assunto de uma reunião preliminar entre arcebispos e outras lideranças da Igreja na segunda (21). Na reunião, ficou decidido que não haveria comitiva. Entre os assuntos levantados, estava que o Papa Franciscosempre foi humilde com discurso pacificador e despojado, desejaria que o dinheiro que seria gasto com a viagem deveria ser destinado aos pobres. Segundo informações obtidas pela reportagem do Bem Paraná, também pesou na decisão o fato de o Paraná não ter nenhum cardeal paranaense.

Na reunião, de acordo com informações obtidas pelo Bem Paraná, foi até apresentada uma estimativa de gastos para sete dias em Roma. Seriam cerca de R$ 12 mil por pessoa, com passagem, alimentação e hospedagem. As cifras reforçaram ainda mais a ideia de que o Papa Francisco não aprovaria tais gastos.

O Paraná, no entanto, não ficaria sem representante no funeral do Papa Francisco. Dois padres que estudam em Roma estariam cotados para o papel de representantes paranaenses no funeral. São eles: Padre Leandro Rodrigues dos Santos e Padre Emerson da Silva Lipinski. Mas a informação foi negada pela assessoria da CNBB.

Em testamento, Papa Francisco pediu simplicidade em sepultamento

O Vaticano divulgou nesta segunda-feira (21) o testamento deixado pelo papa Francisco. Assinado em 29 de junho de 2022, o pontífice pediu que seu sepultamento seja feito com simplicidade.

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No documento, o papa também solicitou que o sepulcro seja montado no chão e de forma simples, sem decoração especial e somente com a inscrição Franciscus na lápide.

O testamento também previu que o corpo do pontífice seja sepultado na basílica papal de Santa Maria Maior.

“Desejo que minha última viagem terrena se conclua justamente neste antiquíssimo santuário mariano, onde ia rezar no início e no fim de cada viagem apostólica, para confiar com fé minhas intenções à mãe imaculada e agradecer-lhe por seu cuidado dócil e materno”, justificou.

Papa também se preocupou com os gastos do funeral.

“As despesas para a preparação da minha sepultura serão cobertas com a quantia de um benfeitor que destinei à basílica papal de Santa Maria Maior, conforme instruções que providenciei transmitir ao monsenhor Rolandas Makrickas, comissário extraordinário do capítulo liberiano”, escreveu.

No final de seu testamento, o papa deixou uma mensagem de fraternidade para o mundo.

“Que o senhor conceda a merecida recompensa àqueles que me amaram e continuarão a rezar por mim. Ofereço o sofrimento que se fez presente na parte final da minha vida ao Senhor, pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos”, concluiu.

Mais cedo, o Vaticano confirmou que o pontífice foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido por coma e colapso cardiovascular irreversível.