Alice
O governador Roberto Requião (PMDB) culpou os deputados do PSDB e do Democratas – que fecharam questão contra o tarifaço – pelo decisão dele de retirar da pauta da Assembléia Legislativa os projetos que previam aumento de impostos. Mais uma vez o peemedebista usa da artimanha de dizer o que quer, mesmo quando isso não condiz com a realidade, para justificar uma derrota política.


Matemática
Para derrubar a versão de Requião, basta uma simples conta de aritmética. PSDB e Democratas juntos têm onze deputados, entre os 54 parlamentares. Além disso, entre os sete tucanos, apenas dois votam com a oposição, e os demais cinco se alinhavam ao governo. E entre os quatro do Democratas há o presidente da Assembléia, deputado Nelson Justus, que apoiou a reeleição do governador, e só vota em caso de empate. Portanto, os dois partidos jamais teriam força para barrar o tarifaço requianista, ao contrário do que diz o governador.


Em casa
Além disso, como gosta de repetir o líder governista na Assembléia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), o governo Requião tem ampla maioria no plenário da Casa e sempre aprova o que quer. Portanto, não pode culpar a oposição pelo naufrágio do pacote tributário. Se recuou é porque não havia consenso dentro da própria base de situação, incluindo o PMDB – partido do governador – e o PT, que chegou a ameaçar votar contra, apesar de manter cargos no primeiro escalão do Executivo. Romanelli também insistiu ontem na tese de que o fracasso do tarifaço foi motivado pela campanha “mentirosa” da imprensa. Não colou. Caça as bruxas
Até o final da tarde de ontem, o TRE/PR já havia contabilizado 239 pedidos de partidos para reaver o mandato de vereadores infiéis. De Curitiba, apenas o vereador Tico Kuzma, ex-PPS, está na mira da Justiça eleitoral.


Defesa
No Paraná, apenas cinco vereadores, sendo três do PPS, um do PSDB e um do PMDB, apresentaram sua defesa ao TRE, alegando justa causa para terem migrado de legenda depois de 27 de março deste ano. Alegam perseguição política dentro do partido pelo qual foram eleitos.


Simões
O diretório estadual do PDT entrou com pedido para obter a cadeira ocupada pelo deputado Carlos Simões (PTB) na Assembléia. Apesar do parlamentar ser petebista, o primeiro suplente da coligação, Fernando Scanavacca, pertence ao PDT.


Democrática
A nova presidente do PT do Paraná, Gleisi Hoffmann, não vê desgastes na participação do partido na base de apoio do governo Requião. “Somos da base aliada porque temos três secretários. Se a discussão sobre a aliança for apresentada, vamos encaminhar democraticamente”.


Caso de ferreiro…
Português não é o forte do grupo Positivo, como mostrou o blogueiro e colunista Marcus Vinicius. que encontrou graves erros no anúncio do curso pré-vestibular publicado na Gazeta do Povo de domingo.  Na peça publicitária, professor Mateos comemora: “Nos cursos mais concorridos a “maioria dos alunos Positivo foram aprovados.” O professor Paris é um cara legal: “1a Fase da UFPR, área de Exatas: maioria dos alunos Positivo aprovados nas engenharias” E vem o professor Floriano: “A maioria dos alunos dos Positivos foram aprovados“. E assim por diante.


Em alta
O primeiro dia da Semana Nacional de Conciliação chegou a acordos que somam pelo menos R$ 8,1 milhões, em 4350 audiências realizadas. Deste total, 1351 processos chegaram a solução negociada, o que dá 31% de acordo. Foram atendidas 6.537 pessoas.


Em baixo
Jocelito Canto (PTB) exigiu ontem da direção da Assembléia, a autorização para que Requião seja processado por ter acusado o deputado Edson Praczyk (PRB) de cobrar um “mensalinho”. O presidente da AL, deputado Nelson Justus (DEM) diz que decisão depende do plenário.