BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O grupo ligado aos militares conseguiu emplacar ao menos cinco nomes para altos cargos do MEC (Ministério da Educação) do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

A influência é reflexo da dificuldade do futuro ministro Ricardo Vélez Rodríguez em ter opções para sua equipe, segundo pessoas que têm participado das conversas na transição -Vélez não tem experiência em gestão educacional ou nas discussões de políticas públicas da área.

A secretaria-executiva do MEC será ocupada pelo cientista político Antonio Flavio Testa, pesquisador da UnB (Universidade de Brasília) que participa das conversas sobre educação desde antes das eleições e é ligado a um grupo de generais.

O professor da FGV Carlos Alberto Decotelli deve assumir a presidência do FNDE, órgão responsável pelo Fies (financiamento estudantil).

Profissionais ligados ao ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) também terão cargos. O reitor, Anderson Ribeiro Correia, vai assumir ou a secretaria de Educação Superior ou a Capes (agência de fomento). Engenheiro e doutor pelo ITA, Luiz Antonio Tozi será o secretário de Educação Básica.

Já o Inep, que organiza o Enem, deve ser chefiado pelo engenheiro Marcus Vinicius Rodrigues. Professor da FGV, foi executivo dos Correios por quase 20 anos -à reportagem, disse que não tem confirmação para o cargo.