
O navio chinês Tai Knighthood bateu recorde de movimentação de fertilizantes no Porto de Paranaguá. Com desembarque previsto de 78.325 toneladas de sulfato de amônio, ele atracou na última sexta-feira (2) e superou o recorde anterior, estabelecido pelo navio Red Marlin, que havia atracado em 26 de março com 77.911 toneladas.
Atualmente, o Porto de Paranaguá é o principal canal de importação de fertilizantes do Brasil, representando mais de um quarto do volume nacional. “Com o aumento do calado, a elevação dos nossos números será cada vez mais comum”, comentou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
O calado é a distância entre a quilha da embarcação (ponto mais profundo) e a superfície da água. No final do ano passado, diversos berços do Porto de Paranaguá passaram a contar com 30 centímetros a mais de profundidade, permitindo a atracação de navios maiores e mais pesados.
As dragagens realizadas pela Portos do Paraná garantiram um calado de 13,1 metros, conforme a Portaria nº 306/2024, da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina – Edição 2024.
“O comércio exterior avançou muito nos últimos anos, e, com isso, surgiu a necessidade de navios maiores, com maior capacidade, para a redução do custo logístico. Nós estamos preparados para essa mudança”, afirmou o diretor de Operações, Gabriel Vieira.
Derrocagem
O aumento do calado só foi possível devido à obra de derrocagem, concluída em novembro do ano passado, que removeu a ponta de um maciço rochoso submerso na área de manobra do Porto de Paranaguá, conhecido como Pedra da Palangana. Esse obstáculo, considerado um risco à navegação, limitava a capacidade e o tráfego de navios na entrada da baía.
Ao todo, foram removidos aproximadamente 20 mil metros cúbicos de rocha, o que representa apenas 10% da formação rochosa estimada em mais de 200 mil metros cúbicos. A obra foi realizada em conformidade com as diretrizes do licenciamento ambiental federal nº 1144/2016, emitido pelo Ibama.