Servidores e servidoras do Ministério da Cultura deflagraram greve no dia 29 de abril por tempo indeterminado. A paralisação tem a adesão dos servidores no Paraná.

Salários defasados, pouco efetivo, sobrecarga de trabalho e acordos descumpridos pelo governo são as causas do moivmento.
Com defasagem de pessoal e sem plano de carreira, “no ritmo atual, sem valorização, o setor caminha para o colapso”, diz mensagem do movimento.
Atualmente, somente uma instituição vinculada do MinC possui representação no Paraná.
o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por meio de superintendência estadual, sediada no bairro Juvevê, em Curitiba.
Com apenas 21 servidores efetivos, o Iphan no Paraná é responsável por:
● Mais de 3.400 sítios arqueológicos registrados em todo o estado e sete Instituições
de Guarda e Pesquisa que abrigam acervos de pesquisas arqueológicas, exigindo
acompanhamento constante;
● Três centros históricos protegidos, reunindo quase mil imóveis tombados, além de
17 bens tombados isoladamente, incluindo igrejas, museus e seus acervos, com
demandas contínuas de conservação e gestão;
● Dois bens registrados como patrimônio imaterial, com atuação efetiva do corpo
técnico (Capoeira e o Fandango Caiçara) e um processo de registro em fase de
conclusão (Procissão de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá);
● Língua Talian incluída no Inventário Nacional da Diversidade Linguística;
● Cerca de 15 de análises anuais de saída de bens
● Cerca de 800 processos de licenciamento ambiental por ano, com análise técnica
sobre os impactos de obras e empreendimentos no patrimônio cultural;
● Três espaços culturais com exposições e visitação dos mais diversos públicos
(escolas, faculdades, turistas, etc.):
○ Casa Domingos, sede do Iphan-PR, em Curitiba, com mais de 1.000
visitantes/ano
○ Casa Lacerda, na Lapa, com mais de 8.000 visitantes/ano
○ Fortaleza da Ilha do Mel, com mais de 13.000 visitantes/ano
Nos últimos anos, o Iphan-PR também teve perdas em sua força de trabalho, o que gerou
alta sobrecarga dos servidores e grandes dificuldades para o cumprimento de entregas e
prazos – e que vêm se somar ao baixo incentivo à permanência no órgão, pela ausência de
um plano de carreira.