
Uma pesquisa nacional, realizada ao longo de 14 anos pelo Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein, revelou que até mesmo níveis baixos de exercícios físicos podem aliviar sintomas depressivos.
O estudo, realizado com uma amostra de 58.445 adultos brasileiros (68,6% homens e 31,4% mulheres), com idade média de 42,2 anos, mostrou que os pacientes mais jovens, sedentários e com maior índice de massa corporal (IMC acima de 26-27) eram mais propensos à depressão. Eles também apresentavam mais tempo de inatividade, além de comorbidades como hipertensão e diabetes.
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De acordo com o neuropsiquiatra e neurocientista Mário Furlanetto, o exercício físico ajuda na liberação de hormônios do bem-estar que ajudam a melhorar sintomas depressivos.
“A atividade física ajuda no combate à depressão porque faz com que o corpo libere substâncias que nos deixam mais felizes, como a endorfina e a serotonina. Além disso, ela diminui o estresse, ajudando a controlar os níveis do hormônio do estresse, o cortisol”.
Ainda de acordo com Furlanetto, que também já atuou por mais de 16 anos como professor de Taekwondo, afirma que outros exercícios como as artes marciais trazem benefícios especiais à saúde mental.
“O Taekwondo, por exemplo, treina rapidez de raciocínio e equilíbrio, sendo muito benéfico para crianças no espectro autista. Além de aliviar o estresse, ele ensina a aprender com os desafios, assim como no xadrez. O mais importante não é só ganhar, mas evoluir a cada experiência e crescer com cada luta”, explica.
Sobre o Dr. Mário Furlanetto
Dr. Mário Luiz Furlanetto Junior é um médico formado pela Universidade de Marília. Ele é especialista em Cirurgia Vascular, tendo concluído sua residência médica na Faculdade de Medicina de Marília e o ano opcional do Programa de Residência Médica em Cirurgia Vascular com área de atuação em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular na Santa Casa de Misericórdia de Limeira. Além disso, Dr. Mário possui Mestrado em Biologia e Envelhecimento, Especialização em Medicina do Trabalho, Pós-Graduação em Neurociências, e é especialista em Medicina Hiperbárica. Ele também é membro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (ABEAD), Brasil. Desde 2021, ele lidera pesquisas focadas em condições intergeracionais associadas a comportamentos familiares disfuncionais.